Espaço das Profissões tem início no Câmpus Samambaia

Texto: Kharen Stecca

Fotos: Carlos Siqueira

A sinalização de trânsito nos corredores chamava os visitantes para uma das salas interativas. Um carro protótipo fazia um pequeno rally em uma das áreas abertas da universidade. Estudantes observavam o céu e conheciam sobre astronomia. Tantas informações diferentes e lúdicas tem o objetivo de apresentar as profissões aos estudantes do Ensino Médio no Espaço das Profissões 2018 realizado no Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás.

Reitor Edward Madureira e Vice-Reitora Sandramara Matias Chaves visitaram diversas salas do Espaço das Profissões UFG 2018

O evento que começou na tarde de hoje (25/6) e vai até amanhã, às 18 horas é um momento em que a universidade se abre para os estudantes que aspiram ingressar na universidade para que conheçam sobre os cursos de graduação, mas também a pesquisa, a extensão e a cultura oferecida na instituição. Cada sala interativa reúne a força de professores e estudantes com o objetivo de ilustrar áreas do curso por meio de experimentos, jogos, demonstrações e até equações. Outro objetivo é esclarecer os estudantes sobre dúvidas como mercado de trabalho, áreas de especialização e até mesmo materiais utilizados nos cursos.

Os estudantes Walisson Henrique do Colégio Estadual Solon Amaral, é deficiente visual e faz o terceiro ano do Ensino Médio. Ele estava na sala de Engenharia Mecânica conhecendo um pouco sobre a profissão: “Estou em dúvida entre Engenharia Mecânica e Direito, são cursos bem diferentes, mas estou em dúvida”, brincou. Eduardo Silva de Oliveira, também deficiente visual o acompanhava e também está em dúvida entre dois cursos bem diferentes: Ciência da Computação e Música.

Já as estudantes Suzana Alves, Alice Tork e Júlia Fernandes de uma escola particular de Goiânia estavam bem decididas sobre seus cursos: Artes, Direito e Psicologia, respectivamente. No entanto, ficaram bastante impressionadas com o estande da Biotecnologia e da Agronomia: “Alguns cursos capricharam muito nas salas, o que é muito bacana”, afirmaram.

E a criatividade realmente é inspiradora. A sala de Biotecnologia oferecia um cosplay de cientista para tirar fotos. Na sala de Ciências da Computação, era possível misturar cores em um aparelho eletrônico, dirigir um pequeno carro e ver o funcionamento eletrônico de um estacionamento. Na Geologia era possível aprender onde são utilizadas algumas rochas que estão na produção de coisas como a bateria do celular e a pasta de dente que usamos. Na Engenharia Ambiental e Sanitária, além de diversos experimentos, um jogo de tabuleiro convidava o visitante a perceber o que já fez para evitar o desgaste do solo. Na Engenharia Civil, os estudantes podiam fazer concreto na prática.

O reitor Edward Madureira visitou diversas salas durante a tarde e expôs a intenção de dar um passo maior na ideia do Espaço das Profissões: “Temos um projeto de criar o Espaço das Profissões itinerante, de modo a levar a produção da universidade aos bairros mais distantes, chegando a estudantes que muitas vezes não tem condições de vir ao câmpus”, explicou. A vice-reitora da UFG Sandramara Chaves que também visitou as salas interativas, lembrou que o projeto surgiu inspirado em uma ideia da Universidade Federal de Minas Gerais e que venceu desafios e resistências e hoje envolve muito mais estudantes e professores. “O evento é uma importante relação, os estudantes da UFG ensinam sobre seus cursos para os futuros estudantes, mas também aprendem muito durante o trabalho, vivenciando os cursos. É necessário que a universidade olhe para dentro, para sua comunidade, mas também para fora, para a sociedade em que estamos inseridos”, afirma.

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