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Universidade debate lutas e crises dos direitos humanos

Em 08/06/18 11:18.

Evento ressalta a importância de pensar os direitos humanos no meio acadêmico

Texto: Selina Jania

Fotos: Adriano Justiniano

 

A UFG promoveu entre os dias 4 e 6 de junho o IX Pensar Direitos Humanos, as atividades foram realizadas no auditório da Faculdade de Odontologia. A programação do evento trouxe discussões, por meio de mesas-redondas e apresentação de grupos de trabalhos, sobre os problemas que envolvem o universo dos direitos humanos.  O tema desta edição foi “A luta pelos direitos e a crise de efetividade”. As atividades apresentadas focaram na reflexão nas lutas e crises de alcançar a efetividade dos direitos humanos no mundo contemporâneo. O seminário foi coordenado pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos (NDH) e pelo Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PRPI).

A professora Helena Esser Dos Reis, que compõe a coordenação do evento, ressaltou que a relevância da realização do Pensar Direitos Humanos é encontrar navas possibilidades de abordagem do tema e convidar o público para essas discussões. Outra contribuição está na formação de uma rede de relações acadêmicas de pesquisa em Direitos Humanos, já que o evento possibilita o contato com pesquisadores de variadas instituições nacionais e internacionais. Segundo a professora, o comitê de organização que está com grandes planos e expectativas para a 10º edição, que será realizada no próximo ano.

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Professora Helena Esser durante mesa-redonda

 

Luta e Crise dos Direitos

Os direitos humanos são constitutivos essenciais a todos os indivíduos desde o seu nascimento independente de raça, cor, gênero, nacionalidade, entre outras características, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apesar de estarem declarados no papel, esses direitos não tem concretude se eles não são efetivamente afirmados, explicou professora Helena Esser.  “A luta pelos direitos não se dá apenas no plano da militância, se dá também no plano da compreensão de quem somos nós, por que somos dignos, por que devemos respeito ao outro”, completou professora sobre a importância do campo teórico na luta pelos direitos.

De acordo com ela, como o enredo da própria história da humanidade mostra, o respeito e dignidade de uma pessoa podem ser facilmente violados. “Temos que dar essas respostas para poder justificar que é inadmissível violar alguém. O nosso papel como acadêmicos é dar razões para que essas situações sejam evitadas, buscando argumentos para fortalecer as lutas por conquistas de direito”, detalhou a professora, sobre o tema escolhido e o papel da academia frente a essas discussões.

Direitos Culturais

Com base na luta pelos direitos e a crise que se encontra para a sua efetividade na contemporaneidade, foram realizadas mesas temáticas sobre direitos políticos, direitos econômicos, direitos sociais, direitos culturais e direitos internacionais e, também, uma mesa-redonda sobre Responsabilidade, resistência e troca de experiência sobre o SUS.

O professor Plábio Marcos Martins Desidério, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), foi convidado para compor as discussões sobre a subalternização e polifonia nas práticas culturais. Ele explicou a necessidade de falar sobre as lutas culturais que se dão entre as culturas subalternas e culturas hegemônicas, propondo a descentralização da hegemonia cultural e, também, questionou os motivos que levam os direitos culturais serem tratados em terceiro plano, terminando a sua fala com o pedido “Desierarquize já!”.

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Professor Plábio Marcos Martins Desidério incentivou os participantes: Desierarquize já

 

Colaboração

Além das mesas temáticas, os grupos de trabalho, também trouxeram discussões importantes sobre as diversas áreas que envolvem os direitos humanos, em que alunos da graduação, pós-graduação, de programas de mestrado e doutorado, e, também, professores submeteram resumos de seus trabalhos com temas variados. Os trabalhos foram apresentados para o público, abrindo espaço para a avaliação e discussão do tema. Fundamentos dos direitos humanos, multiculturalismo, práticas e representações sociais de promoção e defesa dos direitos foram alguns dos diversos temas abordados nas sessões de apresentação dos trabalhos acadêmicos.

Fonte: Secom/UFG

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