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Por uma cultura da paz e da não-violência

Em 06/06/18 17:08.

Reitoria lamenta morte de jovem dentro do Câmpus Samambaia e anuncia medidas de promoção da segurança e dos direitos humanos

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A Administração Superior da Universidade Federal de Goiás lamenta profundamente a morte de Luiz Carlos Pereira Castro, de 19 anos, no Câmpus Samambaia. Ele foi assassinado nesta terça-feira, 05/06. Para os gestores de uma instituição pública de ensino, como a UFG, esse acontecimento, além de triste e lamentável, provoca uma reflexão sobre a premência de se adotar políticas públicas de promoção da segurança e dos direitos humanos, visando a construção efetiva de uma cultura da paz.

A UFG colabora com as investigações, tendo enviado à equipe técnico-científica da Polícia Civil as imagens das câmeras de segurança. O objetivo da instituição é que o caso seja elucidado o mais rapidamente possível e que os responsáveis pelo crime sejam identificados.


A atual gestão está atenta à situação de segurança nos câmpus da Universidade e vem tomando medidas concretas nessa área, dentre as quais citam-se: 1) criação da Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos; 2) implementação da Política de Segurança da UFG, que vem sendo executada desde o ano passado. Ademais, a UFG está buscando a elaboração de protocolos de atuação conjunta e integrada envolvendo as polícias federal, militar, civil e a equipe de segurança interna da Universidade. O 9º Batalhão da PM disponibilizou uma viatura para ronda específica no Câmpus Samambaia. Atualmente, a estrutura de segurança da UFG conta com 218 vigilantes e vigias terceirizados, 22 agentes efetivos do seu quadro técnico e mais de mil câmeras de videomonitoramento.


Recentemente, foi criado um serviço para realização de denúncias de delitos e crimes, disponível no aplicativo Minha UFG. Também estão sendo realizadas ações formativas e de acolhimento, a exemplo da revitalização do Pátio das Humanidades e de campanhas educativas contra os assédios sexual e moral. Outra providência tomada foi a ampliação da iluminação pública nos câmpus.


A Administração Superior está consciente dos problemas que envolvem a segurança no país. A UFG não é uma ilha e está inserida no contexto social e histórico da realidade brasileira. Os índices de violência revelam um panorama trágico do ponto de vista da civilidade. Os dados do Mapa da Violência 2018, divulgados nesta semana pelo IPEA e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que 60.517 pessoas foram assassinadas em 2016, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior. Isso equivale a uma média nacional de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes. Trata-se de um índice alarmante. O diagnóstico da violência urbana revela tratar-se de um sério problema de saúde pública.

A UFG compartilha dessas preocupações e anuncia nova iniciativa: a criação do Conselho Permanente de Segurança Pública, organização a ser composta por professores, técnicos e estudantes, com o objetivo de promover um amplo debate sobre políticas públicas referentes às diversas práticas e representações da violência, inclusive consumo e tráfico de drogas, assédio moral e sexual. A questão da segurança é complexa e não deve se restringir apenas à proteção patrimonial. Por tratar-se de questão social, requer a adoção de medidas permanentes que extrapolam a ação policial, devendo alcançar aspectos educacionais, econômicos, culturais e legislativos. Enfim, questões que remetem, fundamentalmente, à redução das desigualdades sociais.

Indignada com a tragédia pessoal e estrutural da violência, a Administração Superior da UFG conclama a todos(as) a se engajarem na luta em prol da construção coletiva de uma cultura da não-violência, da tolerância e da urbanidade.

 

Reitoria da UFG

 

Fonte: Secom/UFG

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