Dia do Empreendedorismo da UFG

UFG dedica dia ao empreendedorismo

Em 09/10/17 11:17.

Evento reuniu centenas de estudantes para dez horas de imersão neste universo

Texto e fotos: Camila Godoy

O último sábado (7/10), foi de imersão no universo da inovação, da tecnologia e da criatividade para os estudantes da UFG que participaram do Dia do Empreendedorismo da Universidade. Com uma programação de dez horas, o evento reuniu centenas de alunos no Centro de Aulas D, para palestras, oficinas, mesas redondas e shows artísticos. O local também funcionou como um espaço para networking e divulgação de iniciativas empreendedoras das ligas acadêmicas e empresas juniores da UFG.

O evento foi promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da UFG. A gerente do Centro de Empreendedorismo e Incubação da Universidade (CEI) e também presidente da Rede Goiana de Inovação, Emília Rosângela, recebeu os participantes e destacou a necessidade de desmistificar o ato de empreender. “O empreendedorismo cabe em qualquer lugar e tempo. Ele não se restringe a abrir uma empresa. Empreender é estar insatisfeito e querer melhorar algo. E isso é possível em todos os ambientes”, afirmou.

Dia do Empreendedorismo da UFG

Centenas de estudantes participaram da imersão durante todo o sábado

O coordenador de Transferência e Inovação Tecnológica da UFG, professor Cândido Borges, também participou da abertura. Segundo ele, a programação do Dia do Empreendedorismo da UFG foi pensada para  sensibilizar a comunidade sobre as possibilidades de transformação. Diversos empreendedores, tanto de empresas quanto de organizações sem fins lucrativos, falaram sobre suas ideias. No período vespertino, foram realizados workshops. O evento também marcou o lançamento da quarta Olimpíada de Empreendedorismo Universitário da UFG, que já está com as inscrições abertas no site cei.ufg.br.

Dia do Empreendedorismo da UFG

Evento também teve apresentação de malabares

Empreendedores de sucesso

Para falar sobre o comportamento ideal do empreendedor de sucesso, dois empresários compartilharam suas experiências: Fernando Diniz, fundador de uma empresa de assessoria esportiva que leva seu nome, e José Wilson, proprietário da sanduicheira franqueadora Tio Bákinas. Eles contaram suas histórias e pontuaram atitudes que, geralmente, fazem uma ideia dar certo.

Fernando Diniz é graduado em Educação Física pela UFG. Segundo ele, ao saber o piso salarial de sua profissão, quando ainda estava na Universidade, o sentimento foi de frustração. No entanto, a partir daquele momento, sua carreira foi pensada com um objetivo: encontrar um nicho de mercado que além de o fazer feliz, trouxesse recompensa financeira. Para tanto, ele  trabalhou como personal trainer e abriu um studio. As iniciativas não deram certo, até que descobriu a assessoria esportiva, que tirava muitas pessoas da depressão e as transformavam em verdadeiras atletas.

“Empreendedorismo é gerar frutos. Não é só dinheiro. Isso não traz felicidade”, afirmou logo no início de sua fala. De acordo com o empresário, ao fazer o que se ama e definir exatamente o que se quer, o empreendedor deve traçar um caminho para alcançar o sucesso. “Desenvolver hábitos saudáveis, paciência, resiliência e liderança, além de reconhecer seus próprios erros e saber que nem tudo pode ser mudado, mas pode ser transformado, é o início de uma trajetória de sucesso”, concluiu.

Dia do Empreendedorismo da UFG

Fernando Diniz contou sua história sobre encontrar a felicidade

José Wilson confirmou todos os elementos citados pelo colega, com um ponto a mais: o fracasso. Para ele, esta é uma realidade do empreendedorismo. “Eu tenho déficit de atenção e nunca fui bem na escola. Trabalhei com jardinagem, office boy e estudei culinária, até descobrir que eu era muito bom com vendas. Cheguei a ganhar uma loja da multinacional em que trabalhei, mas quebrei. O fracasso me deixou em depressão”, contou. Segundo o empresário, as necessidades de sua família o fizeram reagir e o levaram a tentar algo novo, a criação do Tio Bákinas.

Com um talão de cheques na mão, mas sem dinheiro no banco, ele alugou um espaço e distribuiu imãs de geladeira com seu telefone pela vizinhança da sala alugada. Fazia os sanduíches, diferentes dos habituais, e ele mesmo entregava. “Meu irmão foi o único que acreditou na minha ideia. Ele investiu o pouco de dinheiro que tinha. Depois, migramos para outro local e deu muito certo. Era um sanduíche de rua”, relatou. A partir daí, a dupla recebeu uma proposta e investimentos, abrindo então uma loja em local privilegiado.

“Tudo estava muito bem, até que esse investidor se desentendeu conosco e desistiu. Nós ficamos praticamente sem nada. Um amigo emprestou um lugar e eu comecei a fabricar hambúrgueres e repassar para um outro amigo vender. Foi a primeira franquia. De lá para cá expandimos e já temos 18 lojas”, detalhou. A história inspirou a plateia, que fez diversas perguntas a José Wilson e Fernando Diniz.

Dia do Empreendedorismo da UFG

José Diniz compartilhou a história do Tio Bákinas, que se confunde com sua própria

 

Fonte: Ascom UFG

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