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Mudanças climáticas impactam o agronegócio

Em 05/10/17 07:54.

Professor Altair Sales esteve presente na palestra de abertura do Seminário Agropecuária no Cerrado Frente às Mudanças Climáticas

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Texto: Luciana Gomides

Fotos: Ana Fortunato

A atividade agropecuária é, de certo modo, atividade dependente dos fatores climáticos. Por essa razão, as alterações no clima podem afetar a produção agrícola de diversas maneiras, seja devido a eventos extremos, queda ou aumento na temperatura ou severidade de pragas e doenças, dentre outros. Ademais, ao mesmo tempo em que é vulnerável à mudança global do clima, a agricultura é promovedora de gases de efeito estufa, fazendo com que haja a necessidade de lidar com os efeitos colaterais sobre o meio ambiente, garantindo a qualidade de vida, o desenvolvimento social e a segurança alimentar de maneira sustentável. No intuito de promover discussões técnicas e científicas entre estudantes e profissionais sobre o assunto, a Escola de Agronomia promoveu, esta semana, o Seminário Agropecuária no Cerrado Frente às Mudanças Climáticas. O evento teve início na manhã de terça-feira (3/10), no Auditório do Setor de  Melhoramento de Plantas da Escola de Agronomia (EA).

Na mesa de abertura do evento, estiveram presentes o chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Alcido Elenor Wander, a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio, Abadia dos Reis, o diretor da Escola de Agronomia, Robson Geraldine, e o vice-reitor da UFG, Manoel Rodrigues Chaves. Durante ao ato, os membros elevaram a importância do tema tratado no evento, tendo em vista a influência das mudanças climáticas na agropecuária. Abadia citou, inclusive, dados retirados de um estudo promovido pelo Banco Mundial que indicam a previsão de aumento da temperatura global em dois graus celsius até o ano de 2050 e os impactos desse acontecimento para o agronegócio. Ademais, os pesquisadores comentaram sobre a necessidade de maior conhecimento sobre o assunto, obtido pela troca de informações e estudos científicos que combatem o saber empírico que envolve o tema, bem como a formação de parcerias para o desenvolvimento de políticas e parcerias.

A palestra de abertura do Seminário teve como ministrante o professor Altair Sales Barbosa, docente na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e fundador do Memorial do Cerrado, dentre outros feitos. Altair Sales iniciou seu parlatório pela Pré-História e a extinção permiana em razão dos movimentos tectônicos que ocasionaram a fragmentação da Pangeia e a formação dos oceanos. Tais alterações provocaram desequilíbrio responsável pela extinção de, praticamente, toda a vida terrestre. Dentro desse contexto, o pesquisador reforça que não há como compreender as mudanças climáticas sem incluir a interação entre os saberes produzidos ao longo do tempo e, também, entre todo o conjunto de forças atuantes no sistema dinâmico do planeta, compreendidas pelas irradiações solares, geomorfologia, regimes climáticos, dentre outros elementos que não podem ser ignorados.  Mesmo porque seus efeitos têm sido efetivamente visíveis nos últimos tempos, a exemplo das fortes tempestades no Caribe ou longos períodos de estiagem.

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O Seminário

O Seminário teve por objetivo maior conscientizar pesquisadores e público em geral quanto à importância da biodiversidade para a manutenção da vida e os impactos da agropecuária no meio ambiente. Nele, foram tratadas temáticas intrínsecas à atividade, tais como a diferente entre tempo e clima, correção e mecanização do solo do cerrado, aumento da concentração de gases carbono e reformulação dos meios de produção. 

Fonte: Ascom UFG

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