Lançamento do filme Usina Xavantes não gosta de índio 31-1-22

Lançamento do filme "Usina Xavantes não gosta de índio"

Event

: Canal do YouTube Fred Le Blue

: January 31, 2022 at 19:00

 

Para acompanhar a transmissão do evento pelo canal do YouTube Fred Le Blue, clique aqui.

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Lançamento do filme Usina Xavantes não gosta de índio 31-1-22

 

Lançamento do filme "Usina Xavantes não gosta de índio"

Sinopse: A instalação em 2002, nas proximidades do Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (Goiânia 2), de uma usina geradora de energia a base de óleo diesel, instalada na outrora idílica Região Norte, desde 2008, quando iniciou suas atividades, tem afetado a sustentabilidade urbana. Por seu alto impacto de vizinhança, em função da poluição atmosférica e sonora com seus, inicialmente, 50 motores (atualmente 180) de Scania em uma orquestra ensurdecedora e fétida (cheiro de óleo), a Xavantes é mais um caso de empresa que faz uso retórico e semiótico do politicamente correto para camuflar suas atividades sem compromisso socioambiental de fato. Por ser uma usina termodinâmica, por excelência, nociva à vida planetária e humana, é incompatível na origem com a não preocupação antropológica com a tribo urbana de amantes do bucolismo e da natureza, que escolheram a região Norte por o berço das águas da região metropolitana e cercada por diversas áreas de proteção permanentes (APA). Uma ofensa, inclusive, a etnia indígena a qual tomaram de assalto o nome para suavizar suas atividades daninhas.
Apesar das recorrentes denúncias feitas pela comunidade a veículos de imprensa, à Delegacia Estadual de Meio Ambiente - DEMA, à Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH, Ministério Público Estadual, 15ª Promotoria (Meio Ambiente), a usina tem se mantido resiliente no seu projeto de dominação socioterritorial da região. Mas também de destruição da paz social e o equilíbrio ecológico, já que ela faz parte de um movimento global contrário ao Acordo de Paris, que insiste em se manter na contramão da história, defendendo uma matriz energética altamente poluente, contrário a defesa da antro-bio-geo-diversidade. 
O filme documentário realizado pelo artista-arquiteto (arteteto) doutor em planejamento urbano Fred Le Blue Assis, formado em comunicação social pela UFG, é também uma iniciativa do Movimento Artetetura e Humanismo, do qual ele faz parte, que tem criado diversas soluções artetetônicas para a situação sociourbana insolucionável, por meio da interface entre arte, antropologia e ação social, que apontam para uma perspectiva sincrêtica e sincrônica de políticas públicas urbanas, ambientais, culturais, sociais, humanistas e sanitárias. Em Goiânia, o Movimento tem atuado com educação urbano-patrimonial e socioambiental por meio do selo “Goiânia 2030”. A ideia é repensar os caminhos que a visionária e planejada capital-símbolo das forças progressistas de 1930 e do urbanismo moderno e verde vanguardista tomou, estando hoje cada vez mais sitiada pelo capitalismo rural e mentalidade ruralistas. Mantidos por uma trindade perfeita de forças políticas, econômicas e musicais, esse espectro mais pragmatistas (ou será antipragmatistas) tende a ver a natureza como inimigo do progresso, quando, na verdade, já está provado que o desenvolvimento urbano e agrícola “sustentável”, como a palavra sugere, são os únicos que podem garantir o equilíbrio entre os interesses imediatos e futuros de sobrevivência, que permita conservar a vida na Terra e na cidade de forma digna e saudável, hoje e sempre.
Fonte: Fred Le Blue Assis, diretor do documentário